Este artigo propõe uma análise das relações entre ética e estética nas obras de Richard Rorty e Theodor W. Adorno. Trata-se de mostrar como os dois autores abordam as origens estéticas e afetivas da moral. A hipótese proposta é a de uma primazia do prático no projeto filosófico de ambos os autores. Um breve comentário de Inteligência artificial> (EUA, 2001), de Steven Spielberg, é esboçado, para ajudar a discernir as diferenças entre as posições filosóficas discutidas, que remetem aos conceitos de “representação do sofrimento” e de “belo” (Rorty) e de “expressão do sofrimento” e de “sublime” (Adorno).
This paper intends to examine the relation between the ethical and the aesthetical in the works of Richard Rorty and Theodor W. Adorno. It aims to show that both authors points out to the aesthetical and affective origins of the moral sphere. A hypothesis is carried out: the primacy of the practical sphere in the philosophical project of both authors. A brief commentary of Spielberg’s A.I. (USA, 2001) is drawn in order to help discern the differences between the philosophical positions discussed here, which are based on the concepts of “representation of suffering” and “beautiful” (Rorty), and “expression of suffering” and “sublime” (Adorno).