De que modo o movimento nos afeta? Por que meios acomodamos em nós mesmos as formas que sentimos, que testemunhamos, e como elas dialogam com as acepções que carregamos conosco do que seja a dança? Seriam elas óbvias? E quanto às formas de orientação racional e moderada, o que justifica as suas presenças nesta arte? Em que medida tal prescrição nos permeia ao emitirmos um juízo acerca de quaisquer gêneros de dança? Neste artigo traçamos brevemente a via que nos leva a uma das origens dessa orientação, procurando evidenciar que essa prescrição não é destituída de história nem de objetivos sociais, políticos e morais bem delineados.
How does movement affect us? By what means do we accommodate ourselves to the forms we feel, we watch, and how do they dialogue with the conceptions we carry with us of what is dance? Would they be obvious? As for the rational and moderate oriented forms, what justifies their presence in this art? To what extent this prescription lies in our judgment on any other dance genres? In this article we briefly trace the way that leads us to one of the origins of geometric prescription in Western dance, in order to make evident that this set of rules does not lack history neither well-defined social, political and moral ends.