O objetivo do texto é fazer um comentário crítico ao texto “A memória do que não passou”, de Pedro Hussak Ramos, propondo uma abordagem baseada em conceitos da estética de Theodor Adorno. O argumento principal visa ler a obra da artista plástica Leila Danziger como testemunho da estratégia de “desimagificação” na arte contemporânea, quando os dispositivos da abstração e da ruptura da totalidade imagética ganham uma dramaticidade nova, para além da afirmação da arte em seus programas de depuração das formas. Esse viés argumentativo toma como legítimo fazer leituras de obras de arte para além ou apesar dos posicionamentos explícitos e conscientes de suas autoras e seus autores.
The purpose of the text is to make a critical comment to the text “The memory of what has not passed”, by Pedro Hussak Ramos, proposing an approach based on concepts of Theodor Adorno’s aesthetics. The main argument reads the work of Leila Danziger as a testimony to the strategy of “unimaging” in contemporary art, when the devices of abstraction and rupture of the totality of images gain a new drama, beyond the affirmation of art in its programs of purification of forms. This argumentative bias takes as legitimate to make readings of works of art beyond or despite the explicit and conscious positions of its authors and authors.