Este artigo analisa os pressupostos estéticos que o crítico Roberto Schwarz adotou para classificar a poética alegórica do movimento musical do Tropicalismo como um “absurdo”. Para tanto, distingue-se a noção de alegoria da filosofia de Georg Lukács daquela de Walter Benjamin, apontando como o crítico alinhou-se com a primeira e o Tropicalismo com a última, a fim de pensar a relação da arte com a identidade nacional e a indústria cultural no Brasil.
This article analyzes the aesthetic assumptions that the critic Roberto Schwarz adopted to classify the allegorical poetics of the Tropicalism musical movement as "absurd". For this, the notion of allegory of Georg Lukács philosophy is distinguished from that of Walter Benjamin, pointing out how the critic aligned with the first and Tropicalism with the latter, in order to think about the relation of art to national identity and the cultural industry in Brazil.