Este estudo examina a transformação do silêncio na música dos séculos XX e XXI, abordando-o como um elemento renovado e ativo na composição. O silêncio, que tradicionalmente era visto como pausa ou ausência, é agora explorado como material autônomo, capaz de gerar novas possibilidades sonoras e sensíveis. A pesquisa destaca como diferentes compositores abordaram o silêncio de maneiras inovadoras, utilizando-o para influenciar as estruturas, as poéticas e as compreensões sobre música. O texto também discute a relação do silêncio com a percepção auditiva, propondo que ele não é apenas um intervalo entre sons, mas um espaço fértil para a criação e a escuta atenta. Com isso, o silêncio se torna uma ferramenta poderosa na construção de novas formas de expressão musical, abrindo caminhos para experiências auditivas mais profundas e diversificadas.
This study examines the transformation of silence in 20th and 21st-century music, addressing it as an active and renewed element in composition. Traditionally seen as a pause or absence, silence is now explored as an autonomous material capable of generating new sonic and sensory possibilities. The research highlights how different composers have innovatively approached silence, using it to influence musical structures, poetics and understandings of music. The text also discusses the relationship between silence and auditory perception, proposing that it is not merely an interval between sounds but a fertile space for creation and attentive listening. Thus, silence becomes a powerful tool in constructing new forms of musical expression, paving the way for deeper and more diverse auditory experiences.