O texto busca contribuir para retirar da invisibilidade o recorte de raça do sistema das artes vigente no país. Com foco na crítica da branquitude da estética e da história da arte, parto da análise antropológica do comportamento da branquitude no Brasil, elencando duas de suas principais características: o lugar de branco e o racismo cultural e institucional. A partir dessas duas categorias analiso a construção da estética e da história da arte de povos não-ocidentais, com o intuito de ampliar o escopo e aplicar essa análise às produções artísticas de pessoas não-brancas consideradas como parte da arte Ocidental, tendo em vista sua quase ausência entre as obras de referência da história da arte brasileira.
The paper seeks to contribute to remove from invisibility the racial cut of Brazilian current arts system. Focusing on the critique of whiteness in aesthetics and art history, it starts from the anthropological analysis of the whiteness behavior in Brazil, listing two of its main characteristics: the place of white people and cultural and institutional racism. From these two categories, it analyzes the construction of aesthetics and art history of non-Western peoples, to broaden the scope and apply this analysis to the artistic productions of non-white people considered as part of Western art, owing to its almost absence among the works considered as canons in Brazilian history of art.