Este artigo tem por tema a ideia de um “tempo do entre”, o entretempo que Gilles Deleuze apresenta em Cinema: Imagem Tempo: o entre tempo como o lugar da “forma sem representação” em que linhas opostas soltas de tempo e espaço se põem a modular, e de onde nasce a forma intensiva. A leitura realizada é aquela da arte, das necessidades de se pensar a arte não na matéria formada, nos códigos predeterminados, mas uma arte que José Gil nos ajuda a chamar de arte do entregesto. Busca assim desenhar o tempo enquanto espaço intensivo, que acontece não nos objetos, ou serve de esteira para os objetos, mas como a força fluida que passa entre objetos não constituídos, que se constituem pelo entretempo.
The main idea of this paper is the “time between”, the “inter-time” as Gilles Deleuze presents in Cinema: image-time: the “inter-time” as the place of the “form without representation” in which loose opposing lines of time and space are set together in a modulatory connexion, and from where the intensive form is born. Our point of view it that of art, of the need to think of art not in the realm of formed matter, in predetermined codes, but an art that José Gil helps us to think as the place of the inter-gesture. It thus seeks to draw time as an intensive space, which happens not in objects, or serves as a wake for objects, but as the fluid force that passes between un-constituted objects, which are leaves in the inter-time.